A corrida por profissionais de TI
Com a transformação digital acelerada pela pandemia, os profissionais de TI estão em alta demanda. O problema é que não há tantos deles por aí quanto o mercado gostaria, e foi justamente para debater esse assunto que fui convidado a participar do programa Rizoma da Unijuí FM. O episódio já está disponível no Spotify:
Embora eu recomende que você ouça o programa completo, que conta também com a participação de 2 professores do curso de Ciência da Computação da Unijuí — Prof. Dr. Edson Luiz Padoin e Prof. Dr. Sandro Sawicki — segue aqui um resumo com os principais tópicos abordados:
As origens do “apagão”: a falta de profissionais de TI é um problema que vinha crescendo muito antes da pandemia, mas que recentemente se tornou ainda mais preocupante.
Disputa predatória: as empresas enfrentam uma disputa por profissionais qualificados não mais apenas a nível regional, mas também nacional e internacional, por conta das possibilidades de trabalho remoto. Isso tudo leva a uma “guerra” de salários e alta rotatividade.
Em busca de soluções: as universidades estão investindo em parcerias, cursos de curta duração e diversificação de sua grade curricular, enquanto empresas expandem programas de capacitação interna de profissionais.
Áreas específicas: muitos profissionais de TI altamente capacitados acabam não sendo absorvidos pelo mercado brasileiro, pois dominam campos específicos para os quais ainda não há alta demanda no Brasil — por exemplo, a área de semicondutores.
O papel da academia: para quem busca oportunidades em gigantes do Vale do Silício, participar de projetos de pesquisa pode ser um bom começo.
E o futuro? Enquanto o número de vagas de TI abertas cresce na casa das centenas de milhares, as instituições de ensino brasileiras formam apenas 50 mil profissionais por ano. Espera-se que esse déficit continue pelos próximos anos, embora várias ações possam ser tomadas para mitigar o problema.
Além disso tudo, falei também sobre minha carreira de programador, como entrei no mundo acadêmico e como iniciei a jornada que me permitiu receber uma bolsa de mestrado em uma universidade canadense. Pretendo continuar escrevendo e compartilhando minhas experiências no ano que vem, enquanto eu estiver por lá.
